sábado, 6 de abril de 2013


Entende-se por sensoriamento remoto toda coleta de dados sobre um objeto ou fenômeno sem que ocorra contato físico entre o mesmo e o coletor. Estes dados por sua vez são em ultima análise radiação eletromagnética (REM) refletida ou emitida pelo objeto em estudo. Cabe aos sistemas sensores, instrumentos principais do sensoriamento remoto, a captação desta radiação e conversão para uma forma que possibilite análises e interpretações. Estas Informações são utilizadas para o planejamento de grandes áreas pois permitem uma visão sinóptica da área.
Quando o sistema sensor transforma a REM recebida em uma imagem o denominamos sistemas imageadores, caso contrário estes são denominados não-imageadores. Com relação a fonte de REM classificamos os sensores em ativos, que possuem sua própria fonte de REM, e passivos que necessitam de uma fonte externa para operar, normalmente o sol.
Ao produto final dos sistemas sensores atribuímos características básicas que definem a capacidade de distinguir respostas (em forma de REM) do objeto em estudo, em outras palavras a resolução, ou poder de resolução quando se trata do sensor. São elas a resolução espacial, espectral e radiométrica, que serão explicadas adiante.
Os sistemas não-imageadores mais utilizados são os radiômetros, cuja a principal função no assunto que vamos desenvolver é a calibração dos dados. De acordo com o processo de formação da imagem, classificamos os sistemas imageadores em fotográficos, elétro-ópticos (satélites) e radar.
Os dados obtidos pelos diversos sistemas sensores em questão se prestam a diversos usos ficando a definição de qual sistema utilizar em função da informação a ser obtida, da resolução necessária e do capital disponível para o mesmo.
Uma vez obtidos, estes dados devem ser então tratados e interpretados, de forma analógica ou digital para a obtenção da informação em questão.

Princípios básicos
Três elementos são fundamentais para o funcionamento de um sistema de Sensoriamento Remoto:
a) Objeto de estudo;
b) Radiação Eletromagnética;
c) Sensor.
Pelo princípio da conservação da energia, quando a radiação eletromagnética incide sobre a superfície de um material, parte dela será refletida por esta superfície, parte será absorvida e parte pode ser transmitida, caso a matéria possua alguma transparência. A soma desses três componentes (Reflectância, Absorbância e Transparência) é sempre igual, em intensidade, à energia incidente.
O que nossos olhos percebem como cores diferentes são, na verdade, radiação eletromagnética de comprimentos de onda diferentes. A cor azul corresponde ao intervalo de 0,35 a 0,50 µm, a do verde vai de 0,50 a 0,62 µm e a do vermelho, de 0,62 a 0,70 µm (os intervalos são aproximados, e variam segundo a fonte de consulta). Estes intervalos também são conhecidos como "regiões". Abaixo do vermelho, está a região do infravermelho, e logo acima do azul está o ultravioleta.
Os sensores remotos medem as intensidades do Espectro eletromagnético e, com essas medidas, obtém imagens nas regiões do visível (azul, verde e vermelho) ao infravermelho medem a intensidade da radiação eletromagnética refletida em cada intervalo pré-determinado de comprimento de onda.

Tipos e utilização
O sensoriamento remoto pode ser em nível terrestre, sub-orbital e orbital.
Os representantes mais conhecidos do nível sub-orbital são as também chamadas fotografias aéreas, utilizadas principalmente para produzir mapas. Neste nível opera-se também algumas câmeras de vídeo e radares.
No nível orbital estão os balões meteorológicos e os satélites. Os primeiros são utilizados nos estudos do clima e da atmosfera terrestre, assim como em previsões do tempo. Já os satélites também podem produzir imagens para uso meteorológico, mas também são úteis nas áreas de mapeamento e estudo de recursos naturais.
Ao nível terrestre são feitas as pesquisas básicas sobre como os objetos absorvem, refletem e emitem radiação. Os resultados destas pesquisas geram informações sobre como os objetos podem ser identificados pelos sensores orbitais.
Desta forma é possível identificar áreas de queimadas numa imagem gerada de um satélite, diferenciar florestas de cidades e de plantações agrícolas e até identificar áreas de vegetação que estejam doentes ou com falta de água.

Sensoriamento remoto e a agricultura
A tecnologia de sensoriamento remoto apresenta um grande potencial para ser utilizada na agricultura. Através desta técnica, é possível obter informações sobre:
a) Estimativa de área plantada;
b) Estimativa de produção agrícola;
c) Vigor vegetativo das culturas;
d) Manejo agrícola em nível de país, estado, município ou ainda em nível de microbacia hidrográfica ou fazenda.
Os satélites de recursos naturais, ou seja, aqueles satélites que foram construídos para observar e coletar dados da superfície terrestre, por exemplo, a área ocupada com floresta, carregam a bordo dispositivos que coletam estes dados. Esses dispositivos são os sensores. Este tipo de satélite carrega a bordo um conjunto de sensores (sistema sensor) que operam em diferentes faixas do espectro eletromagnético. Devido a isso temos uma coleta da energia refletida em forma multiespectral. Além disso, eles passam num mesmo ponto da superfície terrestre de tempo em tempo. Com esta repetitividade dos satélites, podemos obter dados de uma área agrícola várias vezes, durante seu ciclo de crescimento e desenvolvimento. Isso, permite criar um banco de dados com informações multitemporais.
No caso de culturas agrícolas, a radiação refletida que é coletada pelos sistemas sensores traz informações que podem estar relacionadas, por exemplo, com o tipo de cultura plantada, com as condições fenológicas ou nutricionais da cultura e, consequentemente, com a produtividade, podendo, assim, estimar a produção da cultura agrícola.
Como exemplo, as imagens do sensor TM, do satélite Landsat, enfatizam o aspecto multiespectral e multitemporal, característico de regiões de intensa prática agrícola. A banda TM3 permite a observação em cinza escuro para culturas anuais, devido à absorção da energia solar pelas plantas, para realizar a fotossíntese. Já na banda TM4 (infravermelho próximo) as culturas anuais apresentam tonalidade cinza claro, devido a alta reflectância da energia incidente espectral. Neste tipo de sensor existem diferenças de tonalidade para culturas que apresentem arquitetura diferenciadas, em função da maior ou menor refletância da radiação solar. Folhas planiformes, como a cultura da soja, apresentam refletância maior na região do infravermelho próximo, enquanto que culturas com folhas mais eretas, como a cultura do milho, permitem que uma maior quantidade de radiação penetre na cultura e, consequentemente, apresentem uma menor quantidade refletida.
Por outro lado, ao associar, através de cores, as informações das bandas e gerar uma composição colorida (Figura 1), que foi gerada adicionando as cores, azul na banda TM3, o verde na banda TM4 e o vermelho na banda TM5, nota-se que as áreas de soja estão apresentadas em amarelo-esverdeado e o milho em verde, mostrando que existem diferenças espectrais nessas duas culturas.

Projeções Cartográficas


Para a prática da ciência cartográfica é de fundamental importância a utilização de recursos técnicos, e o principal deles é a projeção cartográfica. A projeção cartográfica é definida como um traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.

A representação da superfície terrestre em mapas, nunca será isenta de distorções. Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia.

No entanto, nenhuma das projeções evitará a totalidade das deformações, elas irão valorizar alguns aspectos da superfície representada e fazer com que essas distorções sejam conhecidas. Entre as principais projeções cartográficas estão:

- Projeção Cilíndrica: o plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
Projeção Cônica: a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos são linhas retas convergentes para os polos. Nessa projeção, as distorções aumentam conforme se afasta do paralelo de contato com o cone. A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre.

Projeção Cônica
- Projeção Plana ou Azimutal: a superfície terrestre é representada sobre um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos, retos que se irradiam do polo. As deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.

Projeção Plana ou Azimutal
- Projeção Senoidal: executada por Mercator, Sanson e Flamsteed, tem os paralelos horizontais e equidistantes. Trata-se de um tipo de projeção que procura manter as dimensões superficiais reais, deformando a fisionomia. Esta deformação intensifica-se na periferia do mapa.

- Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica.

- Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas.

- Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse, proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos.

- Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa, e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem como os ângulos azimutais.

- Projeção de Robinson: é uma representação global da Terra. Os meridianos são linhas curvas (elipses) e os paralelos são linhas retas.

Aglomerações Urbanas


Pensando nas 100 maiores aglomerações metropolitanas mundiais, outra característica se agrega à superlatividade de população e área física urbana da grande parte delas: o seu raio global de influência, o que as transforma em "cidades mundiais", para usar a expressão atual. De fato, uma revisão histórica dessas regiões mostra que elas tipificam as grandes eras e civilizações (Susteren, 2005). Estão atreladas, sobretudo, às grandes conquistas na área de comunicações - transporte incluído - que as tornaram, desde a primeira rede das rotas intercontinentais do século XV, verdadeiros hubs globais. Não por acaso, as primeiras grandes cidades mundiais estão nos deltas de rios, nas baías que serviram de portos marítimos, ou seja, à beira dos caminhos, rotas para a comunicação global. Inicialmente, caminhos únicos, velocidade igual, quer seja para o transporte de pessoas, bens ou informação.

Como bem explica Susteren (2005), a partir da invenção do telégrafo, no século XIX, a velocidade tornou-se diversa para o transporte de dados, de um lado, e de pessoas e produtos, de outro, embora estes últimos também tenham sido beneficiados, mais tarde, pela invenção das locomotivas, na Revolução Industrial. A descoberta do telégrafo resultou na criação de um sistema horário global, para facilitar as transações comerciais e foi a base para as novas tecnologias de transmissão de dados que vemos nos dias atuais - as novas redes de telecomunicações (telefone, TV, Internet etc.) e, depois disso, a transmissão via satélites. No início do século XX, especificamente em relação ao transporte, duas outras inovações modificaram profundamente e intensificaram exponencialmente as trocas inter e intra regiões metropolitanas mundiais: o automóvel e o avião. Assim, as cidades que se destacam em termos de população têm, nas relações que formam internamente - dadas as tecnologias disponíveis de comunicação - ou externamente, a sua variável maior de explicação de sua grandeza. As cidades mundiais são, pois, a prova histórica de que elas se formaram e continuam sua existência estratégica por causa de sua imbricada posição nas redes de comunicação.
Uma passagem pela lista das 100 maiores regiões metropolitanas mundiais é o suficiente para relacionar grande parte delas à condição de hubs dos processos de comunicação, transporte e comércio internacional, nas quais a superlatividade populacional é também determinante. Sem aprofundar em dados estatísticos mais sofisticados, é possível afirmar que, por essas supercidades é que circulam as maiores redes de transporte aéreo, marítimo e de telecomunicações do mundo. Estão entre elas os maiores populações, os maiores portos, os maiores aeroportos, os maiores volumes de transporte de passageiros e cargas do mundo. São elas, também, as cidades mais importantes de seus países em relação a atividades políticas, culturais e religiosas. E, por último, mas não menos importante, se forem mapeadas as sedes das maiores companhias internacionais, é certamente nestas regiões onde predominantemente elas estarão.
No entanto, destaca-se, ainda, na relação, a presença significativa de cidades de países populosos, como Índia e China. No total, há grande presença de cidades em que as relações internas dentro de seus países podem ser igualmente ou mais importantes que suas relações globais.
Oito das 39 regiões e aglomerados metropolitanos brasileiros figuram entre as 100 maiores do planeta, em termos de população: São Paulo, a sexta, Rio de Janeiro, a 19ª, Belo Horizonte, a 56ª, Porto Alegre, a 79ª, Recife, a 82ª, Fortaleza, a 85ª, Salvador, a 94ª e Curitiba, a 100ª. Estas regiões metropolitanas comprovam o que se afirmou sobre as cidades mundiais acima, ou seja, estão nesta lista as cidades que desempenham importante papel na rede nacional de comunicação, aí estão ainda as cidades com destaque na política e na cultura do país, e as que exercem os papéis de cidades mundiais, nós de articulação no transporte de pessoas, mercadorias e informações.

Expectativa De Vida

A expectativa de vida do brasileiro em 2011 atingiu 74,08 anos (74 anos e 29 dias), divulgou nesta quinta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice aumentou 0,31 (3 meses e 22 dias) anos em relação a 2010 e 3,65 anos (3 anos, 7 meses e 24 dias) se comparado ao ano 2000. A mortalidade na infância também caiu, segundo o órgão.



O aumento da expectativa de vida foi maior entre os homens, cujo índice aumentou 3,8 anos ante 3,4 para as mulheres. Apesar do crescimento, a população feminina ainda vive mais - 77,7 anos, contra 70,6 anos da população masculina.
Os dados das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil apontam também queda na taxa de mortalidade na infância (entre crianças de até 5 anos), que é de 18,7 por mil nascidos vivos. Em 2010, após ser revisada com dados do Censo, a taxa havia sido estimada em em 19,4 óbitos para cada mil nascidos vivos.
A tendência mostra uma evolução do País em busca do cumprimento dos Objetivo de Desenvolvimento do Milênio para 2015. Um deles prevê a redução da mortalidade das crianças menores de cinco anos em até dois terços, tendo 1990 como ano-base para início da série temporal. A taxa de mortalidade na infância do Brasil em 1990 era de 59,6 mil por nascidos vivos, o que fazia com que a meta nacional fosse a redução para 19,9 até 2015, índice que foi atingido já em 2010.


Os dados das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil apontam também queda na taxa de mortalidade na infância (entre crianças de até 5 anos), que é de 18,7 por mil nascidos vivos. Em 2010, após ser revisada com dados do Censo, a taxa havia sido estimada em em 19,4 óbitos para cada mil nascidos vivos.
A tendência mostra uma evolução do País em busca do cumprimento dos Objetivo de Desenvolvimento do Milênio para 2015. Um deles prevê a redução da mortalidade das crianças menores de cinco anos em até dois terços, tendo 1990 como ano-base para início da série temporal. A taxa de mortalidade na infância do Brasil em 1990 era de 59,6 mil por nascidos vivos, o que fazia com que a meta nacional fosse a redução para 19,9 até 2015, índice que foi atingido já em 2010.